Eu, paulistano - Parte 3: "Os atalhos do Extra"

Ultimamente tenho enfrentado um belo trânsito de manhã, no caminho da academia até o trabalho. O percurso é curto, mas é meio chato porque existe uma fila imensa em um semáforo que cruza uma avenida que preciso pegar. E a bendita fila aumenta a cada dia, claro.

Mas semana passada eu tive uma idéia: logo onde se forma a maldita fila há uma entrada de um supermercado (um Extra, para ser mais preciso). Eu poderia entrar e sair do outro lado, que dá p numa rotatória onde eu preciso chegar.

Resultado: passei a economizar de 5 a 10 minutos por dia!

Pois bem, a tática funciona tão bem que percebi que um monte de gente já faz isso normalmente, e não só no mesmo local. Tem um ap de amigo meu no Morumbi que eu só sei chegar passando por um supermercado. Parece que tem que dar a maior volta do jeito "convencional".

Acho que os paulistanos já acostumaram tanto com esses jeitinhos que não percebem mais quanto isso é triste. Daqui a pouco estaremos trafegando nas calçadas, encanamantos, fiação elétrica...

Estou desviando do assunto principal. Não, meus amigos, esse post NÃo é uma liçãozinha de moral barata, tampouco mais uma reclamação dos congestionamentos. Não estou aqui para pedir mais avenidas, melhor transporte público. Nem mesmo vou sugerir que todos esses idiotas que ficam na minha frente com seus carros trabalhem nas suas casas.

A verdade é que tive uma idéia para um empreendimento, uma rede de lanchonetes drive-thru. A grande sacada é que o drive entra por uma rua e sai por outra. As duas extremamentes complicadas, claro. Se o cara quiser usar o atalho terá que comprar ao menos um sorvete.

Ganharei milhões!

Ah, e terei pombos ou flanelinhas treinados para sacanear aqueles babacas que quiserem passar sem comprar nada. Claro.