domingo, 22 de junho de 2008

Verde de vergonha

Ontem fui ver o novo filme do Hulk, desta vez com o Edward Norton e Liv Tyler, já com um certo receio do que podia encontrar. O filme de 2003 era mediano e não fez lá muito sucesso de público, por isso a produção pediu para o mundo esquecer aquele, porque iria começar tudo de novo.

Pois bem, e não é que o filme conseguiu surpreender? Sim, ele é muito inferior ao primeiro! Esse filme é uma das maiores porcarias que já assisti no cinema. O diretor constantemente subestima a inteligência de quem assiste, com furos e mais furos no roteiro, personagens mal resolvidos e episódios lamentáveis.

Um deles é a parte brasileira da história. Sim, ela começa com Bruce Banner refugiado no Brasil-il-il, favela da rocinha, que parece do tamanho da cidade de São Paulo com as tomadas escolhidas. Suspeito que tenha sido aumentada digitalmente. Pois bem, em pouco tempo o exército americano descobre seu paradeiro e vem buscá-lo com todo o aparato militar disponível (diplomacia, soberania... cadê?). As cenas do exército invadindo a favela são patéticas para quem já viu Tropa de Elite.

Uma parte sofrível fica por conta de Betty Ross, que em dado momento fala para seu pai "Nunca mais fale comigo como sua filha" e 5 minutos depois manda um gritinho: "Daddyyyy!". Mas a parte patética mesmo vem antes da sequência final, com o inesperado ímpeto do protagonista de salvar o dia no momento crítico. Simplesmente não há motivação alguma na história para ele assumir o ato heróico. Uma coisa gritante...

O resto é resto, se alguém quiser perder o tempo com explosões.

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